quarta-feira, 1 de julho de 2015

OS TRABALHADORES DA VINHA | Mateus 20:1-15

Missionário Paulo Silva - Aratuba 
"Pois o Reino dos céus é como um proprietário que saiu de manhã cedo para contratar trabalhadores para a sua vinha. Ele combinou pagar-lhes um denário pelo dia e mandou-os para a sua vinha. Por volta das nove horas da manhã, ele saiu e viu outros que estavam desocupados na praça, e lhes disse: ‘Vão também trabalhar na vinha, e eu lhes pagarei o que for justo’. E eles foram. Saindo outra vez, por volta do meio dia e das três horas da tarde e nona, fez a mesma coisa. Saindo por volta da cinco horas da tarde, encontrou ainda outros que estavam desocupados e lhes perguntou: ‘Por que vocês estiveram aqui desocupados o dia todo?’. ‘Porque ninguém nos contratou’, responderam eles. "Ele lhes disse: ‘Vão vocês também trabalhar na vinha’. 

Ao cair da tarde, o dono da vinha disse a seu administrador: ‘Chame os trabalhadores e pague-lhes o salário, começando com os últimos contratados e terminando nos primeiros’. Vieram os trabalhadores contratados por volta das cinco horas da tarde, e cada um recebeu um denário. Quando vieram os que tinham sido contratados primeiro, esperavam receber mais. Mas cada um deles também recebeu um denário. Quando o receberam, começaram a se queixar do proprietário da vinha, dizendo-lhe: ‘Estes homens contratados por último trabalharam apenas uma hora, e o senhor os igualou a nós, que suportamos o peso do trabalho e o calor do dia’. Mas ele respondeu a um deles: ‘Amigo, não estou sendo injusto com você. Você não concordou em trabalhar por um denário? Receba o que é seu e vá. Eu quero dar ao que foi contratado por último o mesmo que lhe dei. Não tenho o direito de fazer o que quero com o meu dinheiro? Ou você está com inveja porque sou generoso?"

RESUMO DA PARÁBOLA

Nesta parábola, Jesus conta que o dono de uma fazenda precisou contratar muitos trabalhadores para dar conta de uma grande empreitada em sua vinha. Então, ele sai para contratar pessoas e, lá pelas 7h da manhã encontra alguns homens que deverão trabalhar das 8h às 18h. Ele promete lhes pagar um denário ao final do dia. 

Lá pelo meio-dia, o dono da vinha encontra mais alguns e combina o mesmo valor com eles, pelo trabalho das 13h às 18h. Às 15h, contrata mais alguns, para trabalharem das 17h às 18h, pelo mesmo valor combinados com os outros. No final do expediente, o dono da fazenda vai fazendo os pagamentos e aqueles trabalhadores que começaram a trabalhar mais cedo, o acusam de ser injusto, achando que ele deveria lhes pagar mais por terem trabalhado mais.

O QUE PODEMOS APRENDER?

Em primeiro lugar, é importante observar que ninguém foi tratado injustamente. Os primeiros trabalhadores concordaram em receber um salário de um denário pelo dia, e foi isso que eles receberam. Além disso, imagino que eles estivessem muito gratos por terem conseguido trabalho. Na época de Jesus, o homem comum e sua família não podiam fazer muita coisa com o que conseguiam receber em um dia. Se não conseguissem trabalhar, colher, pescar ou vender, não teriam o que comer. Com mais candidatos do que ofertas de trabalho, aqueles primeiros homens escolhidos foram os mais felizes dentre os possíveis trabalhadores daquela manhã. Por isso, se tivéssemos que sentir pena de alguém, teria que ser daqueles que não foram escolhidos e que também tinham que sustentar esposas e filhos.

Em segundo lugar, se olharmos para essa parábola com nossa visão humana, com certeza acharemos que aquele fazendeiro foi injusto, afinal, quem trabalhou mais deveria ganhar mais. Mas será mesmo que ele agiu com injustiça? Na verdade, o problema estava nos trabalhadores que invejaram o que o dono da vinha fez pelos outros que trabalharam menos. Eles deixaram de enxergar a graça que receberam, para questionar a bondade daquele homem que os contratou. O dono da vinha foi justo com todos, pois lhes pagou conforme o combinado. Ele ainda deixa claro que poderia dar o que era dele para quem ele quisesse. 

Essa parábola nos ensina, principalmente, sobre a graça, a bondade e a justiça de Deus - o Dono da grande vinha. Jesus nos ensina que Deus é bom e justo com todos e nunca comete injustiças. Ao contar essa história, Ele pede para não sermos enganados pela percepção humana, ao ponto de acharmos que Deus está sendo injusto conosco. O Senhor é justo e bom, e com isso Ele pode distribuir sua graça para quem Ele quiser.

PARA REFLETIR

Haverá momentos em nossas vidas em que alguém receberá uma grande bênção ou um reconhecimento especial. E é nessas horas que você deverá escolher qual caminho vai seguir: Você pode ficar magoado e até sentir inveja como aqueles trabalhadores, ou pode se alegrar com a bênção recebida pelo próximo.

É importante que você entenda que não estamos disputando uma corrida uns com os outros para ver quem é o mais rico, o mais talentoso, o mais bonito ou até o mais abençoado. Não somos concorrentes de nossos irmãos. A corrida que realmente disputamos é contra o pecado e, sem dúvida, a inveja é um dos mais comuns deles. Portanto, deseje sempre o melhor para os outros, pare de se comparar e seja grato por Deus tê-lo alcançado com a Sua graça. Essa é a melhor forma para vivermos felizes.

AGORA É COM VOCÊ

Durante o estudo dessa parábola de Jesus você conseguiu observar mais alguma mensagem? Ela falou ao seu coração de uma maneira especial? O que você aprendeu nessa parábola de Jesus que pode ser aplicado em sua vida?

Aprenda a depender de Deus

Mateus Jeronimo - A Serviço do Rei 
"Para impedir que eu me exaltasse por causa da grandeza dessas revelações, foi-me dado um espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para me atormentar. Três vezes roguei ao Senhor que o tirasse de mim. Mas ele me disse: "Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza". Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte" (2 Coríntios 12:7-10).

Paulo era um fariseu estudado, poderoso, respeitado por todos e muito temido pelos cristãos. Mas depois que Jesus o tocou, ele se transformou em um cristão pobre, desprezado, tido como louco e perseguido por aqueles que o respeitavam antes de sua conversão. Diante desta transformação, podemos dizer que, aos olhos humanos, a vida de Paulo piorou muito. Mas isso não importava, porque Paulo tinha uma visão espiritual das coisas. Veja:

"Embora eu mesmo tivesse razões para ter tal confiança. Se alguém pensa que tem razões para confiar na carne, eu ainda mais: circuncidado no oitavo dia de vida, pertencente ao povo de Israel, à tribo de Benjamim, verdadeiro hebreu; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível. Mas o que para mim era lucro, passei a considerar perda, por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo e ser encontrado nele, não tendo a minha própria justiça que procede da lei, mas a que vem mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus e se baseia na fé. Quero conhecer a Cristo, ao poder da sua ressurreição e à participação em seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte para, de alguma forma, alcançar a ressurreição dentre os mortos" (Filipenses 3:4-11).

Diante disso, podemos nos perguntar: "Qual era o segredo de Paulo? Por que ele não se abalava com as coisas ruins que aconteciam em sua vida?" A resposta é: Paulo dependia de Deus! Certa vez ele disse: "Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim" (Gálatas 2:20).

Paulo aprendeu a depender de Deus em tudo, e ao analisar a passagem acima de 2 Coríntios 12:7-10, podemos ver quatro coisas que nos ensinam a depender de Deus:

1) Os espinhos nos levam a depender de Deus

"E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar" (2 Coríntios 12:7).

As lutas que enfrentamos durante a vida são como espinhos e, enquanto estivermos nesta terra, teremos que lidar com eles. Às vezes nos ferimos por conta própria, e às vezes, Deus permite sermos feridos para nos disciplinar. Você pode se perguntar: "Se Deus é um Deus de amor, por que Ele permite que nós nos machuquemos com os espinhos? Por que permite que sintamos dor?" A verdade é que Deus prefere nos ver tristes perto Dele, do que sorrindo longe de Sua presença.

O pecado também é como um espinho para a humanidade. Veja: "E ao homem declarou: ‘Visto que você deu ouvidos à sua mulher e comeu do fruto da árvore da qual eu lhe ordenara que não comesse, maldita é a terra por sua causa; com sofrimento você se alimentará dela todos os dias da sua vida. Ela lhe dará espinhos e ervas daninhas, e você terá que alimentar-se das plantas do campo’" (Gênesis 3:17-18).

Porém, Jesus levou esses espinhos consigo para cruz, para que pudéssemos receber o perdão de Deus: "Tiraram-lhe as vestes e puseram nele um manto vermelho; fizeram uma coroa de espinhos e a colocaram em sua cabeça. Puseram uma vara em sua mão direita e, ajoelhando-se diante dele, zombavam: ‘Salve, rei dos judeus!’" (Mateus 27:28-29).

2) A oração nos leva a depender de Deus

"Três vezes roguei ao Senhor que o tirasse de mim" (2 Coríntios 12:8).

Deus respondeu a oração de Paulo? Sim, Ele respondeu! Ele sempre responde as nossas orações. Às vezes Ele responde com um "sim", e outras com um "não". E mesmo que Ele te diga um "não", isso também quer dizer "sim", pois o Senhor sempre tem o melhor para nossas vidas! Um dos motivos pelos quais temos que enfrentar problemas (espinhos) é que eles nos levam à oração. Antes de ser preso, Jesus orou três vezes pelo mesmo motivo:

"Ele se afastou deles a uma pequena distância, ajoelhou-se e começou a orar: ‘Pai, se queres, afasta de mim este cálice; contudo, não seja feita a minha vontade, mas a tua’. Apareceu-lhe então um anjo do céu que o fortalecia" (Lucas 22:41-43). 

Que bom saber que vontade de Deus prevaleceu! Jesus sofreu por um breve momento, mas ressuscitou ao terceiro dia e nos trouxe o perdão, cura, libertação e salvação. Isso só foi possível porque Ele dependeu do Pai em todos os momentos! Assim como Jesus, devemos estar dispostos a ouvir (e aceitar) qualquer resposta!

3) Viver na graça nos leva a depender de Deus

"Mas ele me disse: "Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza". Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim" (2 Coríntios 12:9).

Tudo o que precisamos é da graça de Deus. Ela é suficiente, nos basta. A graça do Senhor nos ajuda nos nossos momentos de fraqueza. Quando você está fraco, o diabo quer que você se levante sozinho, ele quer que você anule o sacrifício que Jesus fez na cruz. Mas, se você se apoiar na graça de Deus, o nome de Cristo será exaltado e Satanás será derrotado.

4) O amor de Cristo nos leva a depender de Deus

"Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte" (2 Coríntios 12:10).

Paulo sentia prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, etc. E o crente deve ser assim. O crente passa por lutas, por problemas, mas é feliz de verdade! Quando você entende os benefícios da provação, você consegue tirar os olhos do problema e enxergar o amor de Cristo por você no meio da provação!

"Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma" (Tiago 1:2-4).

Aprenda a depender de Deus! Quando os espinhos vierem, lembre-se de Provérbios 3:5-6, que diz: "Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apóie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas". Deus te abençoe!

Fonte: http://www.pastorantoniojunior.com.br/esbocos-de-pregacoes/aprenda-a-depender-de-deus#ixzz3eeJcIU9I